Poucas vezes pude dizer o que hoje digo: Essa noite sonhei.
Por um momento me alegro ao relembrar seu rosto de anjo, e seus olhos pequenos que me podem ver inteiro.
Mas também sofro, quando vejo tão pequenos olhos perdendo a luz, e aos poucos cada parte abandonando a alma, e caindo sobre a grama e orvalho.
Tudo tão lúdico e tão vivo, mas ao mesmo tempo morto e triste.
Sentia pelo silêncio, ao mesmo tempo em que desejava não mais acordar da morte, e tocar meus lábios nos teus, me surpreendendo ao não encontrar mais hálito.
Com isso acordo – e deixemos claro que queria acordar em um grito, para tirar até os deuses de suas moradas, para ter em refugio algo que me suportasse, e em beleza algo que se equipara a ti.
Porém acordei calado, e não via nada. Nem anjos, nem deuses, nem demônios. Era só eu e o silêncio, envolvido pelo sonho fúnebre.
Queria encontrar palavra mais certa para descrever o que senti. Me vem várias incertas.
Entre elas: a lágrima, o sal e o vazio.
Poderia agüentar de novo toda a lágrima, e igualmente todo o sal. Mas definitivamente enlouqueceria se outra vez sentisse aquele vazio. Era como se meus órgãos não mais existissem, como se fosse um vulto, na noite fria, sem vida e sem forma.
E por mais que me lembrasse que era só um sonho, me lembrava do sonho e caía novamente em delírio.
Podia ver os olhos perdendo a vida, a cor abandonando tua boca e teu corpo pouco a pouco perdendo o equilíbrio, bailando no ar, como mais pura seda que se entrega ao vento.
Àquela altura da madrugada já não sabia se me levantava e buscava o juízo ou se voltava a dormir e revia minha insanidade particular.
Sim, pois sonhava sozinho, e mesmo contigo morta, foi a primeira e também ultima vez que te tive em meus braços.
Gostei tanto da fluidez do teu texto!
ResponderExcluirGosto deste tom surrealista... qnd no meio do texto eu n sei s estou no sonho ou na realidade1
Gostei msm! Vou começar a ler o que tu escreve, rapaz!
=)
bjo grand ;*
UAU!!!!!!
ResponderExcluirSem mais,
Débora Paixão
Poxa, obrigado moças =D
ResponderExcluirFico mesmo feliz que tenham gostado.
Ainda mais vocês.. tããão intelectuais :)
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirComo sempre você escreve e é como se eu pudesse entrar na sua história... é forte e significativo.
ResponderExcluirParabéns e saiba que estou ansiosa pelo próximo texto.
Beijinho,
Ana
FODÁSTICO!!! CHOREI QUE NEM CRIANÇA! CONTINUE ASSIM!!! :D
ResponderExcluirwow dude! awesome!!! i just love portuguese when i read you! it's so good! keep rockin'!!! ;)
ResponderExcluirmaybe one day try to write in english! haha
uii
ResponderExcluirprofundoo^^
mto bom
Cara você tem que publicar um livro, o que um talento como você esta fazendo escondidos nos escombros do CEJA?
ResponderExcluirMuito bom!
Priminho, como sempre seus textos são extraordinários... Repleto de detalhes que fazem sentir a agonia da personagem quanto a confusão entre realidade e sonho... Devo dizer que você me surpreende cada vez mais, e o engraçado como seus traços de escrita são parecidos com os meus, talvez devamos publicar um livro juntos ^.~ Estou ansiosa pelo próximo texto!!!
ResponderExcluirWow, Legal Thiago \o/... Gostei... vou dar um jeito de escrever algo tbm...
ResponderExcluirOlá..tive a alegria de conhecer e ler seu blog! Gostei mto da forma com que vc escreve es ei que voltarei mais vezes..
ResponderExcluirContinue escrevendo pq essa é a melhor forma de deixar sua alma falar!
Como uma bluma ... vc surge e num passe de mágica sua presença se torna insubstituivel !!! Parabéns pela sensibilidade e perfeição na arte de escrever...!!! Abraços !
ResponderExcluirLeila..
Ui quem diria q eu iria
ResponderExcluirconhecer um filosofo. Me apaixonei
por teu texto miguxo
vc tem talento //
silencioso e trágico
ResponderExcluirseu traço é insubstituível
espero que encontre alguém que
faça seu talento desabrochar
estou diante de um grande escritor...