Lavei minha alma com um amor
falido
E me banhei com todo aquele sangue
inútil
Era a libertação, a cura de
um peito ferido
Era enfim, outra alegria
fútil!
Sobrevivi a outro abandono
Fui vingado e venci a minha
sorte
O matei, um só tiro, em pleno
sono
Minha vida se resolvia com
sua morte!
E cantava, cantava: Vai
passar !
Era uma promessa tão antiga
Que me diziam por chorar
Tenha calma, que o dia vem
logo em seguida
E chegou, finalmente
constatei
Ao ver tão fria e fraca a mão
amiga
Passou, como nunca imaginei
Era enfim, uma alegre
despedida!
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