Poesia, na verdade, é só
saudade
De um momento que se pretende
eternizar
Minha arte, de fato, é vaidade
De mostrar que me aprovo por te
amar
Meu sacrifício, toda noite, é
sempre belo
São algumas rimas que escrevo
pra te dar
Mas toda manhã, quando me leio
Que surpresa!
Da ingenuidade que, às vezes,
deixo me tomar
De achar que com papel e tinta
velha
Eu mude sua forma de amar