Prefiro meu descaminho
O puro erro de tudo que eu faço
Que seu pensamento mesquinho
E a fria retidão do teu passo
Que a vida seja bela, ainda que breve
E que encontremos todo o amor devido
Como a criança que anda tão leve
Não tem pelo mundo o coração dividido
A vitória do erro, do poema não publicado
Do riso proibido, do beijo roubado
A vitória da vida, da intuição
Desfazendo os laços
Da tua carne amarrada
Que libera teus sonhos
E te tira do chão
Prefiro meu caminho, um tanto inseguro
Que a tua certeza
Teu sonho impuro
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