domingo, 28 de agosto de 2011

Sonho em soneto


Ah! Pobre criança,
Chegou à hora de desistir
Guarde apenas na lembrança
O que tanto já te fez sorrir

Esconda dela teu sentimento
Não incomode ninguém por não te amar
Mas mostre ao mundo teu lamento
Para que ele também desista de sonhar

Oh, anjo caído,
Não chore, não fique assim
É só outro amor não correspondido

Ainda encontrarás um anjo, que não te fará chorar
Que te dirá que sim
E se entregará por te amar

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Rimas de uma criança triste

Te daria um amor
Que seria completa poesia
Te acordaria com meus versos
E com rimas animaria o seu dia

Seria de toda a Terra
O amor mais bem cuidado
Faria com que sempre
Estivesse ao meu lado

E te daria pela manhã
Um chocolate ou pão de mel
E agradeceria eternamente
Por ser meu pedacinho de céu

Mas, infelizmente, a fantasia
Devemos abandonar
Para que talvez, em um belo dia
A pessoa certa, enfim, encontrar

Porque não aceita meu amor
Como se fosse algo errado
Rejeita quem eu sou
E me faz sentir culpado

Esse sonho, essa utopia
Preciso abortar
Tirar de mim algo vivo
Para poder me libertar

E quando acabar
Meu coração estará vazio
Sem amor e sem sofrimento
De quem um dia
Seria meu eterno pensamento

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Soneto do tudo e do nada

Quem és tu? Menino mal amado
Que carrega corações sem ter cuidado
e quer que com amor cuidemos do teu
que está seco e podre como o meu

Um anjo que caiu pelo horizonte
E busca no deserto sua fonte
De alegria, amor e paz imensa
Um santo que perdeu a sua crença

A escuridão que toma conta de um astro
Uma bandeira desprezada por seu mastro
O retrato mais sincero da inquietação

Um tolo que se entrega debilmente
De forma estupida, se doa novamente
Um cego guiado pelo coração

domingo, 14 de agosto de 2011

Leveza


Vou consertar com amor
A poesia rasgada
Juntar com carinho os pedaços
De uma amizade amargurada

Vou esquecer dos problemas
Ser teu anjo, te guiar
Abandonar meu cinismo
Mergulhar no seu mar

Deixando o orgulho aos poucos
Nenhum mal há de permanecer,
Já que a única certeza que tenho
É que quero estar no final com você

E de qualquer queda ou batalha
Juntos vamos nos reerguer
Pois tua mão no meu peito
Aos poucos, aquieta meu sofrer

E sem desistência caminharemos
Curando as feridas do coração
Em nenhum momento pararemos
Porque é nesses cacos de cristal
Que está a nossa salvação