sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Soneto do tudo e do nada

Quem és tu? Menino mal amado
Que carrega corações sem ter cuidado
e quer que com amor cuidemos do teu
que está seco e podre como o meu

Um anjo que caiu pelo horizonte
E busca no deserto sua fonte
De alegria, amor e paz imensa
Um santo que perdeu a sua crença

A escuridão que toma conta de um astro
Uma bandeira desprezada por seu mastro
O retrato mais sincero da inquietação

Um tolo que se entrega debilmente
De forma estupida, se doa novamente
Um cego guiado pelo coração

5 comentários:

  1. Estou sem palavras, pois a tua perfeição me calou, a beleza e o impacto dos teus versos que me encantam, agora me deixaram arrepiado.
    Parabéns meu amigo filho do vento, e obrigado pelo passeio nos ares do paraiso!

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  2. Não é duvida, meu irmão, o tanto que você é bom nas palavras, o ruim mesmo é eu ter que usar as minhas frases simples para te elogiar. Parabéns, e não (édifício) más ao inverso. Vejo um futuro brilhante.

    abç

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  3. É sempre um prazer ler seus poemas, o leitor vive os sentimentos no decorrer da narrativa... é envolvente. Espero em breve ter um livro seu!

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  4. A maneira como junta as palavras em uma sintonia harmônica e tão maravilhosa, encanta a todos que, assim como eu, têm o previlégio de apreciar sua arte e talento! Parabéns!
    Abraç, Myrla

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  5. Ah... como é gostoso te ler!

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