De tantos anjos me afastei
Ao fugir do paraíso
E procurei só em você
Morada e completo abrigo
Segurei em suas mãos
E segui esse caminho
Era um sonho, uma promessa
Uma rosa sem espinho
E quanto mais me envolvia
Mais ficava inebriado
-fazer real a fantasia
E nem me sentir culpado
E quando o vento se fez sólido
E do céu caí ao mar
Me notei tão solitário
Sem ninguém pra me salvar
A mão que me roubara do céu
Já teria me abandonado
Minha alegria se fez fel
Dizia ter se apaixonado.
E eu clamava por clemência
Pedia por liberdade
Mas escolheu manter-me preso
Eternamente na saudade
E enquanto eu me afogava
Em outro anjo se divertia
E minha lágrima de sal
Naquele mar se diluía
E em cada gole seco
Minha resignação era morrer
Abandonei meu trono acima
Faria por merecer
Mas já quando afundava
E meus pés tocaram o chão
Apareceram dois grandes anjos
Que me tiraram da prisão
E naquele mar escuro
Abandonaram meu lamento
Para sempre me salvariam,
Eu era o Filho do Vento
''Palavras, apenas palavras pequenas'' assim dizia aquela musica que poucos se importam, porém o importante é saber no tão simples que são as palavras sozinhas, más juntas o infinito fica literalmente apertado. Um abraço amigo.
ResponderExcluirThiagooo, nada melhor do que estar às 00h lendo um poema tão forte e profundo. Você já é um poeta, espero anciosamente por um livro seu. Abraços... Fabricio
ResponderExcluirPriminho, não tenho palavras para dizer o quão orgulhosa estou. Há tempos o acompanho nessa jornada de poesias. Presa em seus versos, me deixou sem escolha, se não o parabenizar e dizer lindo, lindo, lindo... Continue a nos encantar com suas palavras.
ResponderExcluirE não dúvido que seja mesmo!
ResponderExcluirArrasou! Parabéns
beijos