Em
noite tão estrelada
Me
sinto a lua, vazia
Caminhei
até tua porta, amada
Nesta
casa que um dia foi minha
Te
vi, da janela, jogar-se
Na
calçada te encontrei sozinha
Ausente
de razão, de cuidado
Joguei-me
no chão, ao teu lado
Assim,
de algum modo te tinha
Beijei
tua mão tristemente
Com
uma lágrima salguei teu rosto pálido
Me
vi só e somente
Me
prendi ao teu peito 'inda cálido
Mas
nenhum sinal de vida
Nenhum
batimento idiota
Abraçara,
de certo, a partida
Aceitara,
de fato, a derrota
Para
sempre longe de mim
Eternamente
longe da razão
Como,
Ismália, deixaste-me assim?
Para
sempre sem solução?*Ler o poema "Ismália" de Alphonsus de Guimaraens